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O açúcar não é viciante

Sempre que fala com alguém e o assunto é comida, geralmente irá ouvir essas palavras “o açúcar é viciante”.

Para essas pessoas, o açúcar é a sua fraqueza ou, mais precisamente, o seu grande desejo ou vício.

O vício, como explicado pela American Society of Addiction Medicine, é uma "doença primária e crónica da recompensa cerebral, motivação, memória e circuitos relacionados".

É caracterizado por:

- uma incapacidade de abster-se consistentemente (do objeto do vício);

- um comprometimento do controlo comportamental;

- um desejo;

- uma resposta emocional disfuncional.

Ciclos de recaída e remissão são comuns e, sem tratamento, o vício é progressivo e pode levar à deficiência.

É uma desordem complexa real que grande parte da nossa sociedade tem com o açúcar e se verificar a comida que come, toda ela tem açúcar. Mas como a maioria dos nossos nutricionistas aponta, a cessação súbita de uma droga verdadeiramente viciante, muitas vezes causa uma tempestade de repercussões como ansiedade, náuseas e insónias, juntamente com um grupo de outros lados mais obscuros, como taquicardia, mudança de estados de humor, mialgia, etc.

As pessoas a quem são recusadas qualquer doce são pessoas que não têm as experiências acima referidas. Em vez disso, na pior das hipóteses, elas podem ficar um tanto rabugentas.

Algumas dizem que comer açúcar ativa as vias de recompensa neural, como acontece com as drogas. No entanto, consegue-se o mesmo através de outras atividades, como fazer exercício físico.

No entanto, é o ato de fazer as coisas que ativa os circuitos cerebrais. Se algo tem características viciantes, isso implica possuir alguma propriedade intrínseca que faz cair as pessoas suscetíveis em amor psicológico, mas principalmente químico com ele. O açúcar não possui tais propriedades intrínsecas.

Além disso, não se deve confundir as ânsias comuns com o vício verdadeiro. Se deseja algo doce, está apenas a responder ao seu plano genético.

Os alimentos em geral eram difíceis de encontrar nas sociedades pré-agrícolas, então fomos obrigados a consumir os alimentos que eram mais calóricos e facilmente absorvíveis, como gorduras e açúcares. Mas essa programação genética antiga já não se enquadra com a paisagem atual, mesmo que os desejos ainda permaneçam.

Então, se gosta de um alimento particular devido às suas proporções açucaradas, não é porque é um vício, mas sim porque este ativa o centro de recompensas no cérebro.

Sim, o açúcar é um grande problema. É um dos principais contribuintes para a obesidade. Isso pode levar a diabetes e a doenças do coração e do fígado, mas se não consegue parar de comer, pode pedir-nos ajuda, a Personal Trainers cá estará para ajudar, saiba como!

Texto de Marcelo Feijão