Hipertensão arterial e Exercício físico
Sabe-se hoje que o sedentarismo e a falta de exercício físico são uma grande condicionante para manifestação de um vasto número de doenças, nomeadamente as cardiovasculares. São cada vez mais os estudos que indicam que o exercício físico tem associação nos efeitos da pressão arterial.
Entendemos que a circulação do sangue tem o destino de chegar a todos os tecidos e células do organismo, sendo que pressão sobre as paredes das artérias. Esta pressão, que é normal e até essencial para que o sangue atinja o seu destino, é a chamada “tensão arterial” (FC). Imaginando que a pressão a artérias são como tubos: em estado saudável, o sangue flui com facilidade pelo seu interior, não encontrando qualquer obstáculo ao longo do trajeto que percorre até às células.
No entanto se o sangue se encontra sobre pressão, o coração tem de esforçar-se mais para o fazer circular. Nestes casos, o esforço pode levar a que a massa muscular do coração aumente, fazendo com que o volume do coração se torne maior, a chamada hipertrofia.
Em primeira instância o aumento muscular cardíaco não representa problema. No entanto com o passar do tempo, esta hipertrofia pode levar a insuficiência cardíaca, angina de peito ou arritmia.
Atualmente o exercício é presença transversal nas principais recomendações clínicas para a abordagem da doenças cardiovasculares e, se implementada adequadamente, tem também benefício descrito na multiplicidade dos seus fatores de risco na frequência cardíaca.
O tipo de exercício recomendado para a prescrição em pessoas com hipertensão deve ser preferencialmente de exercício aeróbio, como caminhada ou ciclismo, associando sempre com exercícios de força e resistência, levando ao aumento da massa muscular. A frequência semanal para a prescrição, deverá ser, de pelo menos 4 vezes por semana, idealmente todos os dias, como uma duração por treino de 30 a 60 minutos de forma continua ou soma de treino por dia. A intensidade destes treinos, deverá ser de leve-moderada a moderada, aproximadamente de 5-7 na escala de Borg.
Em suma, não se deve encarar a hipertensão arterial como uma doença irreversível, assim como, recorrer ao tratamento não farmacológico tem benefícios. E está mais que provado que, não só como prevenção, tem também fins terapêuticos.
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Texto de Francisco Magalhães