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PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E EXERCÍCIO FÍSICO

O processo de envelhecimento humano está associado a um declínio no desempenho neuromuscular. Os idosos com idades compreendidas entre os 70-80 anos têm taxas de 20-40% de perdas de força muscular. Esta diminuição de força é mais acentuada nos membros inferiores (Garcia et al, 2008).

A Sarcopenia é caracterizada não só pela perda de massa muscular, mas também à concomitante perda de força e função do músculo (Picoli et al, 2011). Observa-se esse fenómeno tanto em homens como em mulheres, associado à perda de autonomia, risco maior de quedas, redução da densidade mineral óssea e declínio da capacidade funcional (Sousa, 2015). A predisposição para quedas pode dever-se não só à falta de massa muscular como com há deficiência cognitiva, presença de doenças crônicas, incapacidades funcional, déficits auditivos e visuais. Existem diversos fatores que podem despoletar a sarcopenia, tais como: diminuição do número de fibras musculares, sedentarismo e fatores metabólicos (Sousa, 2015).

Todos nós sabemos que uma elevada percentagem de idosos pratica pouca atividade física. Sabendo nós de antemão, que existe uma elevada percentagem de internamentos em idosos devido a quedas, deveria haver um maior investimento público na prevenção deste acontecimento e na tentativa de aumentar a atividade física nesta população, de forma a diminuir o declínio ao nível do desempenho neuromuscular. Os idosos devem ser incentivados a realizar exercício físico, que ajude a aumentar significativamente a força muscular e que mantenha uma boa adequação de composição e peso corporal, melhorando o equilíbrio postural e dinâmico.

Diversos estudos mostram que exercícios com carga, realizados pelo menos duas vezes por semana, são capazes de promover incrementos de força muscular, melhorar a mobilidade e equilíbrio em idosos. A instabilidade postural, mobilidade e o desequilíbrio no corpo levam a um grande impacto na vida do idoso e afetar a sua autonomia. A atividade de reforço muscular tem demonstrado melhorias ao nível da mobilidade física da instabilidade postural e estando relacionada com a diminuição do número de quedas.

A perda de massa muscular, força, resistência influenciam a funcionalidade do idoso. Simples tarefas como levantar da cadeira, subir degraus e atividades diárias são muito condicionadas (Albino et al, 2012).

O treino de força pode ser benéfico na prevenção de quedas, dado que existe um aumento da massa magra e da força muscular. O treino deve ocorrer pelo menos duas vezes por semana, com carga aproximadamente 70% da carga máxima, com ênfase nos membros inferiores (Albino et al, 2012).

Assim, incentive os seus familiares mais velhos, a iniciarem ou retomarem a atividade física preservando a sua saúde e melhorando a sua qualidade de vida. 

 

Ana Rita Cativo