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Benefícios do exercício físico na hipertensão

Quando realizamos exercício físico ocorre uma vasodilatação das nossas artérias, devido a uma maior necessidade de oxigénio nos tecidos, que conduz a um aumento do fluxo sanguíneo, através de um dos principais vasodilatadores: o óxido nítrico. Este responde a um aumento do shear stress que é exercido pela passagem do fluxo sanguíneo nas paredes das artérias.  Durante a prática de exercício físico, há um aumento do shear stress e do óxido nítrico, ocorrendo a dilatação das artérias.

A curto/médio prazo, uma pessoa sedentária, quando realiza exercício físico, aumenta os níveis de óxido nítrico e ocorre vasodilatação, mas o organismo não quer ser sujeito a um estímulo desconfortável.

A longo prazo, existem adaptações estruturais, ao nível do aumento do lúmen das artérias e a diminuição das camadas média e íntima, que consequentemente resulta numa maior fluidez sanguínea.

Depois da prática de exercício físico existem reduções entre 5 e 10% da pressão arterial sistólica e da pressão arterial diastólica.

As recomendações para indivíduos com hipertensão explicitam que o exercício aeróbio deve ser de intensidade moderada, entre 30 e 60 minutos, realizado preferencialmente todos os dias. O treino de força deve ser realizado 2 a 3 vezes por semana, pelo menos uma série de 8 a 12 repetições para cada um dos grupos musculares principais trabalhados

Considerações especiais no treino com sócios hipertensos:

- Durante o exercício é prudente manter a pressão arterial sistólica abaixo dos 220 mmHg e a pressão arterial diastólica abaixo 105 mmHg;

- Os betabloqueantes podem aumentar a predisposição para a hipoglicemia;

- Medicamentos anti-hipertensivos podem levar a reduções subitas da pressão arterial depois do exercício físico;

- Evitar a manobra de valsava e exercícios isométricos.

Se tem problemas de pressão arterial, não hesite em recorrer a um personal trainer para assegurar um treino adequado que beneficie a diminuição da hipertensão, evitando simultaneamente o aparecimento de outras patologias.

Texto de Ana Rita Cativo